Como educar um gato

COMPORTAMENTO & VIAGEM

16 jan, 2019

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Os felinos domésticos em geral são mal-entendidos e mal interpretados como sendo animais teimosos, não confiáveis e impossíveis de serem educados. De todas essas noções equivocadas, vamos nos concentrar no mito de que é impossível educar um gato.

É possível educar um gato? Sim, com certeza. Na verdade, muitos gatos passeiam na rua com os seus donos, fazem suas necessidades em banheiros e aceitam ordens de todos os tipos. Portanto: é possível educar um gato.

Devemos ter em mente a psicologia dos felinos: um gato não é um filhote, nem um cão, nem uma criancinha nem nada desse gênero.

Para educar um felino e fazê-lo cumprir as rotinas que criamos, devemos apelar para os comportamentos, mentalidades e hábitos dos felinos.

Antes de começar, devemos ter muita clareza quanto ao objetivo que queremos alcançar: passeios com uma coleira, evitar determinados comportamentos etc.

Um gato pode se fingir de morto se fizermos um gesto de atirar com o dedo, pode nos trazer coisas e obedecer ao nosso comando, como por exemplo “sentar”.

Mas, vamos pensar no seguinte: o que queremos que o nosso gato faça? A coisa mais importante ao se educar um gato é saber qual objetivo queremos atingir, por que e para quê queremos atingi-lo. Uma vez que isso esteja entendido, evitaremos perder tempo e a nossa paciência.

É essencial que o nosso “aluno” tenha um comportamento equilibrado: que tenha passado tempo suficiente com sua mãe e seus irmãos (no mínimo dois meses), seja socializado com as pessoas e, obviamente, com o ambiente.

A educação será muito mais complicada e difícil se estivermos trabalhando com animais que não vivenciaram as referências relevantes descritas acima. Porém, mesmo sendo mais complicada, não é impossível.

A educação deve começar assim que o gato chega ao seu novo lar.

Se você quiser usar um arranhador e não os móveis da sua casa, em primeiro lugar você precisa aprender o que fazer quando o gato chegar, o uso adequado da bandeja sanitária, onde colocará a comida e a água ou onde ele poderá brincar.

Ao contrário dos cães, um gato não aprende após aceitar o que humano propõe; um gato aprende porque isso lhe interessa, simples assim.

Se um gato não achar que a nossa ideia é interessante ou adequada, nunca vai fazer o que a gente quer. Ele precisa estar interessado naquilo que pretendemos ensinar, ser recompensado e não ser sobrecarregado por um excesso de repetições.

Os gatos aprendem melhor com recompensas, já que os castigos produzem pouco ou nenhum efeito. O gato precisa estar interessado em aprender; se não estiver e usarmos castigos ao tentar treiná-lo, ele jamais atingirá o objetivo do treinamento.

No entanto, se tornarmos as aulas mais interessantes visualmente e as enfeitarmos com abraços e as recompensas mais atraentes, aprenderemos que a motivação para serem treinados está associada às recompensas e elogios e não às advertências de qualquer tipo.

No caso de um comportamento indesejado (roubar comida, marcar território com urina, afiar/marcar suas unhas no sofá) você pode adverti-los, mas indiretamente (com um barulho alto, por exemplo), de modo a evitar que o animal associe o castigo ao humano que o está advertindo.

Se o animal associar o castigo a você, o que vai acontecer é que ele aprenderá a ter esse comportamento indesejado quando você não estiver presente.

Para ensinar um cão truques como “sentar” ou vir na sua direção, você vai precisar de paciência, de palavras curtas, de repetição e recompensar sua obediência (com comida ou carinho). No entanto, não vamos nos enganar: trata-se de um gato.

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